Depois de muita expectativa, chegou o dia da Corrida da Ponte. Com medo de sentir alguma lesão, resolvi descansar desde quarta-feira, e mesmo não sendo o ideal, serviu para me deixar mais confiante durante a prova. No sábado, tudo separado, ingresso das barcas, números de peito, pulseira de identificação, garmin, e toda a vestimenta para a prova. Passar o final de semana descansando foi muito importante, uma vez que a largada as 7:30h em Niteroi, me obrigava a acordar muito cedo. E lá fui eu, acordei as 4:45h, tomei um bom café da manhã, banana com aveia e mel, sanduíche de pão integral com geléia e iogurte natural com corn flakes. As 5:20h encontrei com meu amigo Thiaguinho e fomos até a casa do André Gurizão deixar o carro e pegar um taxi até as barcas. Chegando nas barcas por volta de 6:05h, o movimento já era bem grande, pegamos a barca de 6:15h e o clima era muito bom. Eu, particularmente, estava muito confiante para a prova, e o Thiaguinho também se preparou muito e estava bastante nervoso e ansioso. Estabeleci como meta um pace de 5min/km, que me levaria a completar a prova em torno de 1:48h. Chegar cedo ao local da largada, me permitiu fazer um bom aquecimento, mentalizar a estratégia de prova e estabelecer confiança para completar bem a corrida. Procurei largar bem na frente para que meu ritmo não fosse comprometido, uma vez que haviam 8mil atletas e o inicio, e principalmente o retorno de subida da ponte poderiam ficar congestionados se eu deixasse para largar muito atrás. Dada a largada, comecei com pace de 4:40, estabeleci que começaria a prova nesse ritmo pois haveria a subida do vão central que poderia comprometer meu rendimento, e como era minha primeira corrida da ponte, não sabia qual seria a inclinação que encontraria. Feito isso, consegui manter esse ritmo até a subida da ponte, onde por volta de km 2, minha perna esquerda começou a pesar. Sentia uma contração muito forte exatamente na parte posterior, onde havia tido inúmeras lesões, mas sabia que estava no inicio da prova e só iria desistir ou diminuir o ritmo, se realmente não desse mais. E lá fui eu, encarei a subida no pace entre 5:15 e 5:20 e como as dores estavam diminuindo, tentaria recuperar na descida, que apesar de não ser muito ingrime, era bastante longa. No inicio da descida, aumentei o ritmo, e consegui manter um pace de 4:40 até o final da ponte, isso me rendeu muitas ultrapassagens, consegui manter um excelente ritmo e passados 15km e já sem dores na perna, senti que conseguiria completar a prova no ritmo desejado. Vale lembrar que em todos os postos de hidratação, jogava água nas pernas, isso em todas as corridas que participo, diminui as dores. Com um pace de 4:56, e a proximidade do final da prova, cada vez me sentia mais confiante, e consegui acelerar e passar muita gente também na perimetral. Por volta de km19, avistei meu amigo Pedro Scripilliti e fiz uma força para encostar nele. Fizemos os últimos 2 km juntos, em um ritmo excelente, uma subida faltando 1km quase nos fez chorar, mas com muita raça, mantivemos o ritmo forte para cruzar a linha de chegada. A sensação de missão cumprida é maravilhosa, alguns metros antes da chegada já começo a me arrepiar, e poucos metros antes da chegada, escuto a inconfundível voz dizendo: "Aí, garoto!!". Era minha mãe, que está sempre ao meu lado, em todos os momentos de minha vida, desde sempre rsrsrsrs.
Percorri os 21,710km em exatos 1:46h, pace de 4:53min/km, abaixo das minhas expectativas e muito feliz.
Fiquei esperando o Thiaguinho chegar, ele completou a prova em 2:05h, sua primeira meia maratona, e estava muito feliz com o resultado. Voltei pra casa e pude aproveitar o meu domingo e continuar o excelente final de semana que eu tive.
Essa semana, inicio oficialmente os treinamentos para os 50k do Xterra de Mangaratiba, um desafio que vou encarar em agosto.
Vamukivamu!!!
Está esperando oq??? Levanta e vem treinar!!!!
Percorri os 21,710km em exatos 1:46h, pace de 4:53min/km, abaixo das minhas expectativas e muito feliz.
