sexta-feira, 12 de abril de 2013

Golden Four Asics 2013

E aí, galera!!!

Depois de muuuuuito tempo longe do blog, resolvi voltar. E aproveito para falar sobre minha última corrida. 

No último domingo (6 de abril de 2013), participei da Meia Maratona da Asics. Excelente corrida, organização impecável e percurso maravilhoso. Porém, como eu não estou conseguindo manter uma sequencia de treinos, a prova foi bem mais pesada do que de costume. 

Como obtive excelentes resultados nas provas que eu havia participado na mesma distância, estava bastante tranquilo e com a certeza de que completaria a prova até com certa facilidade, mesmo sem treinar. Aí estava meu primeiro equívoco. Mais a frente vocês verão que não foi tão tranquilo assim. Praticamente sem manter uma sequencia de treinos desde outubro do ano passado, sabia que precisava de uma motivação para voltar forte e vi nessa corrida uma oportunidade de me motivar a voltar aos treinos. Com pequenas corridas que não conseguiam totalizar 25km semanais, achava que seria o suficiente para fazer a prova. Bem diferente do que estava acostumado a treinar por semana, entre 50km e chegando até a 100km em 7 dias, resolvi assim mesmo fazer a prova.

E lá fui eu. No dia que antecedeu a prova, na parte da manhã fui conhecer o local onde será realizado o meu casamento, em setembro de 2014. Lugar lindo, que me fez imaginar como será essa grande data. Quem quiser conhecer o local http://grumaribeachgarden.webnode.com.br/.

Feito isso, fomos para a Expo da corrida pegar o kit. Chegando lá, encontrei algumas pessoas, compramos algumas coisas e resolvemos ir ao shopping almoçar. Nesse dia que eu precisava descansar, já estávamos chegando próximo das 14h e eu em pé desde as 7h. Como a Renata (minha noiva) precisava de algumas coisas, aproveitou que seus pais estavam conosco e ganhou alguns presentinhos. Depois, fomos almoçar no Delírio Tropical.
Resumindo tudo isso, fomos chegar em casa quase 19h e em um dia que eu havia prometido ficar descansando, acabei não cumprindo a primeira tarefa.

Como de costume, deixei tudo pronto (chip, roupas, tênis, suplemento e etc)
Tênis Asics Noosa Tri7, Garmin Forerruner 305, meias de compressão Track & Field, viseira e camiseta da prova e carboidrato em gel da GU.




Antes de dormir, minha sogra preparou um macarrão muito bom e fui dormir feliz e bem alimentado. 
No dia da prova, como estava bem ansioso, acordei antes das 5h e já não conseguia mais dormir. Fiquei andando de um lado pro outro esperando dar a hora, comi umas bisnaguinhas, uma banana amassada com aveia e canela e um iogurte. Ainda havia ganho 2 latas de redbull do meu sogro, as quais consumi nos minutos que antecederam a prova.

Chegando a hora da corrida, como a largada foi as 7h, teria que chegar bem cedo para aquecer, conseguir uma vaga com tranquilidade e sentir o clima da corrida. E nessa corrida, contei com uma torcida pra lá de especial. Pessoas muito importantes que toparam o desafio de acordar antes de 6h em pleno domingo pelo simples fato de estar comigo na largada e em alguns pontos do percurso. 
São eles: Minha noiva, minha mãe, minha irmã e meu amigo Geléia.


Tudo pronto para a largada, depois de fazer um bom aquecimento e planejar a estratégia de prova, havia chegado a hora da verdade. Sem treinar e já não muito confiante, estabeleci como meta, um pace de 5min/km oq me levaria a completar a prova em 1:45h. Não sei da onde que eu tirei esse otimismo todo, mas lá fui eu. Nos primeiros 5km, tudo estava tranquilo, consegui manter até com certa tranquilidade o ritmo estabelecido e fui ganhando confiança. Com meu corpo já em *Steady State, me senti um pouco confortável até o km 8, que foi onde comecei a sentir o peso de estar sem treinar há alguns meses.

*Steady State: Normalmente, ao iniciarmos uma atividade, os primeiros minutos são extremamente cansativos, porém, depois de alguns minutos, ocorre o estado de equilíbrio, onde nossas condições fisiológicas se estabilizam, fazendo com que a FC se torne constante, nos permitindo continuar o exercício com mais facilidade.

A partir de então, eu sonhava com os postos de hidratação que apareciam a cada 3km. Era a oportunidade que eu tinha de jogar uma água no rosto, na cabeça e principalmente nas pernas que começavam a ficar mais pesadas a cada km percorrido. 

No km 9, meus "APOIOS" me encontraram no caminho. Era a motivação que eu precisava para seguir na prova. Tiraram algumas fotos, disseram algumas palavras de incentivo e isso foi fundamental para que eu mantivesse o ritmo, que a essa altura, já estava bem acima do estabelecido, já girava entre 5:25 e 5:35min/km.

Depois da metade da prova, comecei a sentir muita dificuldade. As passadas começaram a ficar muito mais curtas e a minha estimativa de tempo começava a ficar impossível. A essa altura, meu ritmo já estava alto, entre 5:45min/km e eu comecei a ser ultrapassado por bastante gente, de todos os tipos. Me senti mal, mas fiquei conformado por não estar treinando.  
A partir do km16, completar a prova já se tornara um desafio, uma missão, e eu não desistiria de forma alguma. As pernas estavam muito pesadas, o ar já estava faltando mas eu não ia desistir jamais e já estava conformado em terminar a prova em 2 horas. 

O ponto que eu mais sofri foi na subida do Joá, apesar do visual, depois de percorrer quase 18km, não havia como aproveitar. Quando cheguei no túnel, a subida havia terminando, porém fiquei um pouco sufocado e louco pra acabar logo. Dessa forma, quando cheguei no segundo túnel, dei uma acelerada pra poder passar logo desse "sofrimento". 

Faltando 2km, a coisa foi ficando complicada, as lágrimas já estavam brotando dos meus olhos pq eu sabia que não desistiria mas ao mesmo tempo, as dores e o cansaço estavam praticamente me fazendo desistir. Na curva que me levava à praia de São Conrado, ouço uma voz falando assim: "Todo negão com mais de 1,90m é viado!!". 
Era o meu amigo Pedro Scripilliti que mais uma vez cruzava comigo em um final de Meia Maratona. 

Só que diferente da outra corrida, eu estava completamente esgotado. Sua ajuda foi fundamental, recebi um empurrão por alguns metros, apertamos o passo e já era possível avistar o pórtico. Fomos acelerando, acelerando e nos últimos 100m eu não consegui mais acompanhá-lo. Olhei para o lado direito e vi minha mãe e minha irmã emocionadas, depois vi minha noiva e meu amigo geléia depois do pórtico.

 A sensação de missão cumprida é indescritível. Depois de 21km, consegui cumprir  a minha missão, não no tempo desejado, mas sem treinar há muitos meses, completar já foi uma vitória.

Agradeço muito a Deus por mais uma vitória, a todos os meus alunos, amigos e a todos que de alguma forma contribuíram para o meu êxito. Não há uma forma de agradecer essas 4 pessoas que acordaram cedo e me fizeram completar a prova: Renata, Zezé, Aretha e Geléia.

Depois dessa prova, decidi que não dá mais pra ficar sem treinar, e já estou me preparando para o próximo desafio: A Corrida da Ponte 2013.



Um comentário:

  1. Muito bom Thiago! Me senti correndo contigo.
    Parabéns pelo post e pela corrida. Encarar uma meia sem treinar, não é para qualquer um não e vc foi super bem! Minha última meia, fiz em 2:02 e estava treinando muuuuitooo! Sinto falta dos asfaltos, mas tive que optar. Não dá muito certo correr tanto e ao mesmo tempo conseguir hipertrofia. Decidi então ficar com a segunda opção.
    PARABÉNS!!!!

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