Passado o primeiro treino e a vontade de nunca mais correr,
acordo no dia seguinte com algumas dores nas pernas. Confesso que esperava um
pouco mais. Já começo a vislumbrar a possibilidade de fazer mais um treino só
pra ver como eu me saio. Depois de pesquisar as dietas, me dei conta que já havia
feito todas elas e o resultado era até alcançado, mas depois que a dieta
terminava, eu engordava o dobro.
Resolvi tentar e fazer mais um treino. Quando pego o papel dos treinos, percebi que a minha caminhada na velocidade de “passeio” havia diminuído. Eu já não iria caminhar tanto tempo na velocidade baixa e havia uma maior parte do treino com caminhada forte. Mas como já havia colocado na cabeça que queria fazer esse segundo treino, resolvo tentar. Como teria o dia inteiro pra descansar, resolvi tomar dois comprimidos de dorflex pra chegar no dia do treino “novinho em folha”. Chegando o grande dia do segundo treino, acordo sem dores no corpo, apenas com um incômodo no músculo da canela (esse músculo tem nome e se chama tibial anterior) que não estava tão forte assim.
Resolvi tentar e fazer mais um treino. Quando pego o papel dos treinos, percebi que a minha caminhada na velocidade de “passeio” havia diminuído. Eu já não iria caminhar tanto tempo na velocidade baixa e havia uma maior parte do treino com caminhada forte. Mas como já havia colocado na cabeça que queria fazer esse segundo treino, resolvo tentar. Como teria o dia inteiro pra descansar, resolvi tomar dois comprimidos de dorflex pra chegar no dia do treino “novinho em folha”. Chegando o grande dia do segundo treino, acordo sem dores no corpo, apenas com um incômodo no músculo da canela (esse músculo tem nome e se chama tibial anterior) que não estava tão forte assim.
Chegando na academia, o professor, um negão de quase 2 metros de altura, barbudo, e que já chega cantando e animando todo mundo as seis da manhã abre um sorriso, grita meu nome pra todo mundo ouvir e diz assim: “Que bom que você voltou!! Vamos correr hoje novamente?”
Eu apenas dei um sorriso sem graça é respondi que ia dar uma
caminhada. Ele me leva até a esteira e me deseja um bom treino. Confesso que o
fato desse professor que me viu apenas uma vez, ter lembrado o meu nome, me deixou bastante feliz e nesse momento eu me
senti importante, senti que alguém se importava comigo. Peguei meu papel com o
treino e quase chorei quando vi que meu “passeio” havia se resumido a apenas 2
minutos e que as 3 corridas de 30 segundos que eu havia feito dois dias antes,
agora eram quatro. Nesse caso, meu
treino era o seguinte:
TREINO 2
2 minutos de caminhada leve
6 minutos de caminhada forte
30 a 60 segundo de corrida leve
REPETIR O TREINO 4X
Comecei o treino bem tranqüilo, e ainda pensando no fato do professor saber o meu nome. Os 2 minutos de caminhada leve passaram voando, e eu comecei a caminhar mais forte. Esse minuto a mais que esse maldito professor colocou pra mim, parecia que ia acabar comigo. Ao final dos 6 minutos, sem pestanejar, aumento a velocidade da esteira e corro por 30 segundos. Nesse ponto, senti que meu corpo estava se sentindo melhor. Na verdade, acho que era a minha cabeça que estava melhor. Eu já não estava achando que aqueles 30 segundos iriam acabar comigo, mas sim que depois eu teria mais 8 minutos sem correr.
E assim eu fui continuando o treino, na segunda série também fui bem tranqüilo, mas a partir da terceira, a tal dor no músculo da canela começou a incomodar... A dor estava começando a piorar, e quando comecei a terceira série de corrida, tive que parar antes que os 30 segundos terminassem. Uma pena, uma vez que já havia me convencido de que faria o treino todo. A dor era tão forte que eu tive que parar.
Ao descer da esteira, o professor negão que mais parece com aquele lutador de vale tudo, o John Jones, me pergunta o motivo de eu ter parado. Eu explico onde estava doendo e ele abre um sorriso e diz que é tranqüilo, que é normal no início. Ele me passa um exercício o qual eu coloco uma caneleira na ponta dos pés e fico mexendo meu pé pra cima e pra baixo. O mais engraçado é que ele disse que a dor ainda iria continuar por algum tempo, mas que gradativamente ela iria diminuir, até sumir completamente. Fiquei lá, sentado fazendo esse exercício chato, e confesso que esse dia, saí da academia um pouco triste, mas voltaria no dia seguinte só pra fazer esse exercício do “pezinho pra frente, pezinho pra trás” e no outro dia, voltaria para tentar executar o terceiro treino proposto pelo professor...
Continua amanhã...
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